Jobs to be done e a relação cliente x produto
Cassiano Farani
Co-Founder YvY Capital
Falar de (intra)empreendedorismo implica abordar algumas metodologias e suas aplicações. Já parou para pensar o que leva um consumidor a comprar um produto ou serviço? Demandas nascem de necessidades que levam as empresas a buscarem soluções para essas questões. Parece óbvio, certo? Partindo desse pressuposto, saber quais as dores e expectativas dos clientes é fundamental para o êxito de qualquer negócio. E é aí que o Job to be done entra em ação.
O conceito criado por Clayton Christensen, docente da Harvard Business School, é um método que conduz as empresas ao caminho da inovação. Existem necessidades que ainda não foram reveladas ou exploradas, e esse entendimento deve ser a etapa inicial de criação de solução.
Para compreender melhor a teoria, a empresa deve entender antes de mais nada que pessoas não compram produtos, contratam soluções para problemas. Quanto mais crítico for esse “problema” que elas precisam resolver, mais perspectiva de sucesso terá a solução que o pontuar. O Job to be done leva essa reflexão a outro patamar para que as marcas desenvolvam seu potencial para encontrar soluções disruptivas (ou até mesmo usuais) e elevar sua competitividade.
Nos idos de 2005, Christensen escreveu um artigo para a Harvard Business Review intitulado “Marketing Malpractice: The Cause and The Cure”. O texto pontua que cerca de 30 mil novos produtos são lançados todos os anos, mas 90% não têm êxito no mercado. Não sei a métrica atual, mas não duvidaria que hoje esse número deve ser próximo. Então, o recado é o mesmo: o professor sugere que os (intra)empreendedores olhem a perspectiva do consumidor antes de propor qualquer solução.
Entender essas motivações é um dos pilares de qualquer estratégia de marketing bem-sucedida. Uma vez que grande parte das pesquisas são voltadas ao comportamento de compra do consumidor e não suas necessidades, fica mais difícil encontrar uma solução.
Job to be done e inovação
Em tempos em que dados são o novo petróleo, a metodologia Job to be done e a inovação devem ser quase umbilicais. Uma empresa que conhece seu público e suas necessidades consegue ir além das soluções básicas de seu produto ou serviço. Ou seja, consegue levar seu modelo de negócios a outro patamar.
Hoje, temos à disposição uma série de ferramentas que coletam informações relevantes para entender o comportamento do consumidor. Esses dados direcionam ações estratégicas focadas diretamente no cliente, mas ainda sim, lançar um novo produto é desafiador.
Podemos assumir com razoável nível de certeza de que grande parte das empresas estão tomando o caminho errado na hora de inovar. A quantidade massiva de dados segmenta os consumidores, mas não identifica suas necessidades.
A metodologia altera a perspectiva que olhamos nossos produtos e serviços, mas sua aplicabilidade vai além. É preciso criar uma abordagem de marketing eficiente, com uma nova lente frente às necessidades do consumidor. Uma estratégia que funciona é criar conexões com a vida e a rotina do cliente. Gera identificação e funcionalidade.
O conceito também pode ser aplicado na fabricação de um produto, na área de vendas e na criação de campanhas de marketing. Sabendo dos benefícios do método, iniciativas como o BNDES Garagem – que atua na aceleração de startups — implementam os pilares do Job to be done para impulsionar negócios e gerar impacto de mercado.
No mais, um Job to be done bem direcionado resulta em produtos inovadores com base em dados e reais necessidades do público-alvo. É importante frisar que negócios de sucesso não vêm com receita pronta, pois o mercado está em constante mudança e transformação. O que funciona hoje, pode não dar tanto resultado amanhã. Ou como muito bem disse Alex Osterwalder: modelo de negócios é igual iogurte – tem prazo de validade.
Mas como aplicar a teoria na prática? Em um próximo post, falarei sobre alguns passos para criar soluções inovadoras, fazendo o uso do método Job to be done alinhadas com uso de dados, concorrência, pesquisas e oportunidades de mercado. Já pensou em aplicar o conceito na sua empresa e alavancar seus negócios?
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