Carbon Farming: inovação em modelo de negócios, mercado financeiro e agenda climática

Carbon Farming: inovação em modelo de negócios, mercado financeiro e agenda climática

Carbon Farming: inovação em modelo de negócios, mercado financeiro e agenda climática

Sou suspeito para falar sobre inovação em modelo de negócios, mas não deixo de me surpreender consistentemente com a importância do tema para a construção do futuro do planeta. E com a agenda climática não poderia ser diferente.

Quando falamos no mercado de crédito de carbono, o banco holandês Rabobank é um case interessante a ser analisado. Enquanto no Brasil ainda engatinhamos no assunto, a instituição europeia caminha a passos largos nas transações do ativo com um modelo disruptivo como proposta.

O banco se define como cooperativo e socialmente responsável. E suas ações falam por si só. Com 125 anos de história, o Rabobank se reinventou em sua proposta de valor. Com suas raízes na agricultura, a empresa fez do seu core business um meio de ajudar na preservação do planeta com diversas medidas que corroboram com a descarbonização.

Dentre suas diferentes frentes de atuação, vou destacar a que mais me chamou atenção: o banco de carbono. A instituição desenvolveu braços que contemplam não apenas transações financeiras, mas soluções de carbono para agricultores, empresas e consumidores em geral. Aqui, o elemento químico é a moeda.

A empresa apoia e fomenta projetos de armazenamento de carbono nas árvores e no solo, com o auxílio de agricultores. Seu papel central é ser o mediador das comercializações do crédito de carbono, tornando-se um player estratégico no mercado voluntário atual.

Em prol de uma economia regenerativa, o Rabobank fez acordos e parcerias com agricultores para a implementação de práticas mais sustentáveis. Ao lado de especialistas agrônomos, o banco faz o monitoramento dos impactos e emissões de CO2. Em seguida, o crédito de carbono é calculado e armazenado no Rabo Carbon Bank.

E muito além de mediar as transações, o banco cumpre também cumpre seu papel social como educador, oferecendo aos clientes soluções para atingirem suas próprias metas climáticas. ESG na veia.

Agricultura de carbono

O setor agrícola tem forte impacto nas mudanças climáticas e pode ser um vetor de peso para reverter a direção que estamos caminhando. Sabendo disso, o Rabobank auxilia na remoção de carbono da atmosfera por meio da agricultura regenerativa, apoiando o modelo de negócios de agricultores que adotam tais práticas e geram créditos de carbono.

Financiamentos e capacitações são algumas das medidas encontradas pela instituição para fomentar a agricultura de carbono. As reduções das emissões dos clientes são comercializadas pelo banco dentro e fora da cadeia produtiva de alimentos. O Carbon Farming nada mais é do que uma fonte de receita para agricultores que armazenam o carbono em seu solo.

Outro elo desse ecossistema são projetos de geração de crédito de carbono encabeçados por empresas que possuem metas para se tornarem Net Zero. Com isso, o Rabo Carbon Bank criou uma rede de conexões entre quem produz e quem compra o ativo.

Para completar o ciclo do consumo, aliado à tecnologia, o banco desenvolveu o Rabo App, que calcula a pegada de carbono de pessoas como eu e você. A ferramenta dá dicas de como podemos reduzir nossas emissões no dia a dia. São fusões de iniciativas como estas que precisam ser tendência.

Pensar a sustentabilidade em todas as frentes, unindo inovação, propósito e soluções disruptivas. Existem inúmeros recursos menos invasivos a serem explorados e respostas a serem encontradas. O Rabobank é um exemplo de como a colaboração entre todas as partes cria uma cadeia regenerativa.

Esse é o futuro que o BNDES acredita e caminha para estimular. Ainda estamos no início, mas os primeiros passos foram dados. A jornada é longa, mas iniciativas como esta nos dão a certeza de que estamos na direção certa.

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