Impact Networks: conexões como agentes de transformação

Impact Networks: conexões como agentes de transformação

Impact Networks: conexões como agentes de transformação

Desde que o mundo é mundo, o homem precisou se organizar em comunidades e grupos para sobreviver. Nós não sabíamos, mas naquela época nascia nosso senso de coletividade, colaboração e pertencimento. Pilares hoje fundamentais para nosso reconhecimento como seres humanos, ainda que individualmente.

Os séculos passaram, evoluímos, mudamos e nossa noção de coletivo se transformou com o decorrer do tempo. O que antes era pautado pela sobrevivência tornou-se uma questão de conexão, afinidade e alinhamento. E tais sinergias se expandiram para todas as esferas da vida humana — pessoal e profissional.

É verdade que, em algum momento, nos tornamos mais individualistas. Colocamos nossos interesses e problemas no topo das prioridades e, muitas vezes, deixamos os outros em segundo plano. A rotina, a tecnologia, o egocentrismo entre tantos outros fatores nos levaram a este lugar.

Apesar do afastamento, estamos retornando ao coletivo, aos poucos, e com novos olhares e entendimentos. A pandemia e o isolamento foram alguns elementos que contribuíram para a reaproximação. Na esfera global, mudanças climáticas, transformações mundiais e problemas comuns a todos mostraram que sim, ainda somos e vivemos em grupo. Querendo ou não, somos uma comunidade. Ou muitas.

David Ehrlichman é cofundador e coordenador da Converge, uma rede que reúne estrategistas em sistemas, designers, facilitadores e educadores comprometidos em fomentar um impacto positivo na sociedade. Em 2021, ele lançou o livro Impact Networks: Create Connection, Spark Collaboration e Catalyze Systemic Change — que fala sobre a importância das conexões para solucionar problemas e promover desenvolvimento. A obra é baseada no documentário homônimo que traz uma reflexão sobre como a colaboração e união de forças mudaram o mundo que vivemos hoje.

Chamadas redes de impacto, as sinergias entre pessoas, empresas e entidades com propósitos similares são o que temos de mais precioso. Na verdade, é o que sempre tivemos. Uma leitura recomendada para empreendedores, líderes ou qualquer pessoa que busque fazer a diferença com uma ideia.

Voltando aos primórdios da humanidade, sobrevivemos porque cada indivíduo colaborou com suas habilidades e experiências. E caminhar rumo a um futuro mais inclusivo e sustentável requer a mesma lógica organizacional. Podemos observar tais sinergias todos os dias, principalmente nos negócios. O que seria a inovação aberta, por exemplo, se não uma fusão de expertises?

O livro de Ehrlichman funciona como um guia prático sobre como redes de impacto podem solucionar problemas complexos. Ele salienta como determinadas combinações de pessoas, organizações e setores chegam a resultados inovadores. É aquele velho ditado “uma andorinha não faz verão”, mas em uma versão moderna e disruptiva.

Vamos a um exemplo prático. Em maio, o BNDES foi conhecer de perto as iniciativas do Instituto Entre o Céu e a Favela, no Morro da Providência, no Rio de Janeiro. A instituição foi criada com a missão de incentivar empreendedores da comunidade por meio de ações socioculturais. O banco, que também tem o propósito de transformar vidas com financiamentos, inclusão e desenvolvimento, foi um agente da rede de impacto que a entidade estava procurando e que fará diferença nas pessoas impactadas por ela.

Em sua obra, Ehrlichman entrevistou mais de 40 líderes para colher insights de diferentes áreas para criar um guia de como construir redes de impacto, além de abordar o papel da liderança dentro desse contexto.

Vale a pena a leitura para repensar como nossos negócios se relacionam com o entorno e quais conexões estamos alimentando.

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